Belém concentra 48%, mas Redenção tem melhor situação do Pará, enquanto Cametá tem pior cenário do Brasil. Distância de equipamento mais próximo pode chegar a 400 quilômetros.
Com 8,6 milhões de habitantes e apenas dois casos de coronavírus diagnosticados oficialmente até o momento pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará não estaria preparado para um eventual surto de síndrome respiratória grave como consequência da pandemia, cuja característica mais marcante nos pacientes que vieram a óbito é o quadro de falta de ar que evolui rapidamente.
Mas mesmo entre as cidades que têm a distribuição é desigual: 31 cidades só têm um único aparelho. E a distribuição por habitante chega a absurdos um para 138 mil pessoas, como é o caso de Cametá, onde o Ministério da Saúde só contabiliza um respirador, proporção estarrecedora.
Entre os lugares pequenos, Bom Jesus do Tocantins é o destaque por contar com sete equipamentos, sendo um para 2.426 moradores, em média. Por outro lado, um conjunto de 11 municípios — todos com mais de 50 mil habitantes — apresentam cenário grave e assustador, por dispor de apenas um equipamento para atendimento. Além de Cametá, que tem a pior situação do país, estão no mesmo bolo os municípios de Moju, Novo Repartimento, Santana do Araguaia, Santa Izabel do Pará, Dom Eliseu, São Miguel do Guamá, Capitão Poço, Itupiranga, Itaituba e Rurópolis.
A situação é tão crítica quanto à distribuição dos equipamentos que, para quem mora em Jacareacanga, acessar o único aparelho mais próximo disponível, em Itaituba, é preciso percorrer cerca de 400 quilômetros, uma distância rodoviária que pode ultrapassar nove horas de carro, a depender da época do ano e das condições de tráfego. A situação é crítica.
Fonte: www.zedudu.com.br